domingo, 19 de maio de 2024

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A justiça restaurativa acredita na transformação social não pela vingança, mas por uma mudança de paradigma

Autor: CEI Campinas Data: 29/07/2023

A justiça tradicional se baseia na ideia de punição. Quando alguém comete um crime, ele é punido pelo Estado, com o objetivo de fazer justiça à vítima. Mas isso não cuida verdadeiramente da vítima, não muda os mecanismos por trás do crime. Para a Justiça Restaurativa é preciso incluir a participação da vítima, do agressor e da comunidade na construção de uma solução efetiva.

A justiça restaurativa é um processo que busca restaurar as relações entre as pessoas envolvidas em um conflito. Ela se baseia na ideia de que todos são responsáveis pelo conflito e que todos têm algo a contribuir para a sua solução. O objetivo da justiça restaurativa é criar um espaço seguro onde as pessoas possam se expressar, ouvir as necessidades dos outros e encontrar soluções que sejam justas para todos.

A justiça restaurativa tem sido usada com sucesso em diversos casos, desde crimes de menor potencial ofensivo até violência doméstica e abuso infantil. Ela também tem sido usada em escolas, comunidades e empresas. Em Campinas existe uma lei que a torna política pública. Ela é uma ferramenta poderosa que pode ajudar a construir uma sociedade mais justa e pacífica.

No CEI Campinas ela é uma abordagem obrigatória das equipes e está presente institucionalmente nas diretrizes de governança e nas articulações no Núcleo de Justiça Restaurativa, uma estratégia prevista em estatuto que promove, dentre outras ações, formações e vivências.

Aqui estão alguns dos benefícios da justiça restaurativa:

* Ajuda a reparar o dano causado, aprofundando suas causas e consequências.
* Promove a reconciliação entre a vítima e o agressor.
* Reduz a reincidência.
* Fortalece a comunidade.
* É mais humana e justa do que a justiça tradicional.

A justiça restaurativa é uma abordagem inovadora que tem o potencial de revolucionar a forma como lidamos com o crime e a violência. Ela é uma abordagem baseada na compaixão, na construção e fortalecimento do vínculo comunitário, no respeito e na justiça. Uma abordagem que tem o potencial de transformar a sociedade.
Venha conhecer essa nova abordagem de resolução de conflitos!

Leonardo Duart Bastos
Superintendente do CEI