quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Autismo: Também uma Questão de Ambiente, Não de Cura

Autor: CEI Campinas Data: 30/04/2024

Vivemos em uma sociedade que frequentemente busca a “cura” para o que é considerado fora do padrão. No entanto, quando se trata do Transtorno do Espectro Autista (TEA), a abordagem mais eficaz e humanizada não é a busca por uma cura, mas sim o cuidado, a resignificação e a transformação do ambiente social em que a pessoa com autismo vive.

O modelo social da deficiência nos ensina que não são as limitações do indivíduo que criam a deficiência, mas sim as barreiras impostas pela sociedade. Portanto, é essencial que repensemos nossos espaços, atitudes e estruturas para promover a inclusão verdadeira.

Cuidar de uma pessoa com TEA significa entender suas necessidades únicas e adaptar o ambiente para que ele possa florescer. Isso envolve desde a educação inclusiva até a acessibilidade nos espaços públicos e o respeito às suas formas de comunicação.

A transformação social necessária para acolher pessoas com autismo não é apenas uma questão de infraestrutura, mas também de cultura. Precisamos de uma mudança de mentalidade que valorize a diversidade e reconheça que todos têm algo a contribuir para a sociedade.

Ao invés de tentar “consertar” a pessoa com autismo, devemos nos concentrar em “consertar” o mundo ao seu redor. Isso significa criar um ambiente que não apenas aceite, mas celebre as diferenças, e que veja cada indivíduo como uma parte valiosa do todo.

O cuidado com a pessoa com TEA, portanto, é um chamado para a ação coletiva. É um convite para que cada um de nós seja um agente de mudança, trabalhando juntos para construir uma sociedade mais acolhedora e inclusiva para todos.

Leonardo Duart Bastos Superintendente técnico administrativo do CEI Campinas