O machismo é uma forma de preconceito que nega a igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres, privilegiando o gênero masculino em detrimento do feminino. Muitas vezes, o machismo se manifesta em atitudes de violência, assédio, objetificação e discriminação contra as mulheres, que são as principais vítimas dessa ideologia.
No entanto, o machismo também afeta os próprios homens, que são submetidos a uma série de exigências e expectativas sociais sobre o que significa ser homem. Essas expectativas incluem ser forte, corajoso, dominante, provedor, sexualmente ativo, emocionalmente controlado, entre outras. Esses estereótipos de masculinidade podem gerar uma pressão psicológica e uma dificuldade de expressar sentimentos e buscar ajuda, comprometendo a saúde mental dos homens.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os homens têm uma expectativa de vida menor do que as mulheres nas Américas, em parte devido aos efeitos da chamada “masculinidade tóxica”, que influencia comportamentos de risco, como consumo de álcool e drogas, direção imprudente, envolvimento em brigas e crimes, e resistência a procurar serviços de saúde. Além disso, o machismo contribui para maiores taxas de suicídio, homicídio, depressão, ansiedade e estresse entre os homens.
Portanto, é preciso questionar e desconstruir o machismo, não apenas como uma forma de respeitar e valorizar as mulheres, mas também como uma forma de cuidar da saúde e do bem-estar dos homens. Para isso, é necessário que os homens possam reconhecer seus sofrimentos, suas vulnerabilidades, suas emoções e suas necessidades, sem medo de serem julgados ou rejeitados pela sociedade. É necessário também que os homens possam se libertar dos padrões impostos pela cultura machista e desenvolver uma masculinidade mais saudável, diversa e autêntica.
Existem diversos livros que podem ajudar a refletir sobre o tema da masculinidade, a partir de diferentes perspectivas e abordagens. Alguns exemplos são:
Leonardo Duart Bastos
Superintendente do CEI Campinas