Uma das características mais marcantes dos humanos é a habilidade de se comunicar de forma muito mais avançada e complexa que os demais seres vivos. Ocorre que, nem sempre, essa comunicação ocorre de forma correta, ensejando uma série de conflitos. Uma frase mal interpretada, um tom de voz diferente ou uma simples palavra mal usada pode desencadear desentendimentos e discussões.
» Veja também: Comunicação no ambiente de trabalho e em casa – Ênfase Comunicação não Violenta
É nesse cenário que a Comunicação Não Violenta (CNV) vem ganhando cada vez mais espaço. Muitas empresas vêm incluindo o treinamento sobre CNV para seus colaboradores de todos os níveis hierárquicos. Um exemplo é o banco C6 Bank, que aplica a abordagem desde 2020, num processo contínuo de aprendizado, ajudando a sedimentar gradualmente os conceitos da Comunicação Não Violenta.
A Comunicação Não Violenta é uma abordagem que propõe uma forma pacífica e conciliadora de se relacionar e se comunicar. A CNV é baseada em 4 pilares:
1. Observação: consiste em entender o que está acontecendo naquele momento, apegando-se aos fatos e não às interpretações pessoais, sem julgamentos;
2. Sentimento: em seguida são mapeados os sentimentos que aquela ação nos provocou e nomeá-los (medo? insegurança? raiva?). Isso nos leva a entender que a responsabilidade pelos sentimentos é da própria pessoa, sem se colocar como vítima;
3. Necessidade: é o entendimento de quais necessidades os sentimentos provocaram;
4. Pedido: o que você gostaria que as pessoas fizessem para te ajudar a atender às suas necessidades? É preciso deixar claro, com um pedido prático e específico de ação, o que se precisa da outra pessoa.
A Comunicação Não Violenta não evita o conflito, mas ajuda a lidar com ele de uma forma construtiva, afastando-se da ideia de ganhadores e perdedores. Sua prática independe de conhecimentos específicos, bastando que se decida colocá-la em prática, ouvindo o outro sem julgamentos e a si mesmo, com autoconhecimento.
O CEI Campinas possui um curso de Comunicação Não Violenta especialmente dirigido ao ambiente corporativo. “A formação pode ser direcionada a gestores, o que inclui um modulo extra de feedbacks ou para os colaboradores em geral e a comunidade (incluindo familiares)”, informa Leonardo Duart Bastos, Diretor do CEI Campinas, que complementa “a proposta será moldada as necessidades da empresa construída após um diagnóstico organizacional e cuidadosamente pensada pelo perfil dos colaboradores e comunidade. Nossa equipe, composta por psicólogos, assistentes sociais, pedagogas e terapeuta ocupacional, já formou mais de 100 pessoas em processos comunicativos”
Fonte: Estadão
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