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Há uma reflexão sobre a obra “Doze Girassóis numa Jarra”, de Vicent Van Gogh (1888), de que ele havia pintado os girassóis virados para as pessoas que iriam contemplar a peça, sugerindo que elas fossem os sóis, a luz para onde estão as flores estão direcionadas. Girassóis retratou uma alegoria de vida e morte, do artista que não resistiu a tanto sofrimento psíquico e acabou se suicidando.
Inspirados na história e obras de Vicent Van Gogh, a comissão de eventos do “Setembro Amarelo” organizou, em 26 de setembro de 2023, ao acesso dos usuários e usuárias do PSE AD – Serviço de Proteção Social Especial no Domicílio, uma reflexão sobre o significado da campanha “Setembro Amarelo”, com participação dos palestrantes convidados Denis Ribeiro, do grupo de atendimento Ponto e Vírgula, e Fabrício Alves, da Osc Sociedade Amigos da Vida. Através de suas falas, Denis e Fabrício estimularam os participantes a externar suas dores e emoções, com o recurso da roda de conversa e da “Caixa do Desabafo”, para aqueles que quisessem externar seus sentimentos através da escrita.
Foi possível escutar e acolher os relatos de histórias vivenciadas pelos próprios participantes, assim como identificar se algum amigo ou parente querido estava passando por algum sofrimento psíquico. Os palestrantes trouxeram, para conhecimento de todos, informações sobre os grupos de apoio existentes no município, assim como os grupos dirigidos aos sobreviventes, de apoio aos enlutados.
Em seguida, a equipe de cuidadores sociais de contação de histórias puderam traduzir, em cenas, a poesia abaixo criada pela cuidadora social Ana Elisa, transformando, através da arte, as dimensões profundas da dor psíquica. A principal mensagem é de que não se deve falar de prevenção de suicídio somente em setembro, pois essa prevenção importa em perceber e observar, constantemente, os sinais emitidos pelas pessoas com as quais você convive.
Abaixo, a poesia escrita pela poetiza Ana Elisa.
Diferenças são detalhes a nos enfeitar
Fazendo de nós Perfeitos imperfeitos
Nos encaixando No mosaico da vida
Compondo o mundo De beleza singular
Onde o que nos falta No outro vamos encontrar
Mestres Aprendizes
Ensinando e aprendendo
Na aparente ironia Perfeita sinfonia
A festeijar O verdadeiro sentido da vida
E assim a natureza Com sua sutileza
Criada pra nos ensinar Que toda diferença
Importa e tem lugar
Olhe as árvores Em suas estações
Nos verões Umas doam Suas sombras
Onde se pode descansar
Outras com seus frutos O calor vem refrescar
Em suas Primaveras Folhas novas verdejantes
Esperança espalhar Outras
flores oferecem para o mundo perfumar
Nos outonos Douradas folhas irão pintar que
Aos pouco Vão caindo
Caindo … Caindo … o chão irão forrar
Protegendo as sementes Pro futuro germinar
Nos seus invernos semi-nuas
irão ficar Despindo -se
De si mesmas O inverno frio e longo
Esperam enfrentar Sentimentos preciosos
dentro de nós buscam despertar
Então quando tudo Parece não fazer
Nenhum sentido Eis que ela se transforma
Com seus galhos já tão secos
Fogueiras irão tornar
Vivas chamas ardentes calor e aconchego
Reunindo diferentes Histórias partilhar
Aguardando ansiosas o sol resurgir
Novamente no verão Um ciclo novo a iniciar
Mesmo em solo Coberto de cinzas
Necessitando de cuidado
Há vida Lutando pra brotar
Ana Elisa
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