Dia das Juventudes CEI: como foi o evento

Aconteceu na última sexta-feira, 19 de agosto, o “Dia das Juventudes CEI”, o evento integrou as semanas de juventudes organizada pela Coordenadoria das Juventudes de Campinas, em homenagem ao dia internacional das juventudes, comemorado em 12 de agosto.

A poesia foi o caminho proposto para se construir o evento, foi um dia de expressão, divisão de desafios, conquistas, tristezas e alegrias das diversas formas do ser jovem, na atualidade.

Pela manhã aconteceu uma batalha de rimas entremeada por um sarau poético, conduzidos pelo pessoal da Batalha da Arena. WD Cão Raivoso, o jovem MC que puxou a batalha disse em seu depoimento que: “As juventudes são como água… que fazem nascer o novo, tornam a terra fértil, viva…”, não poderia haver imagem mais adequada. Há um provérbio africano que diz que: “A água sempre encontra um meio de seguir seu caminho” e se pensarmos os desafios e as barreiras que as juventudes tem de enfrentar na atualidade será preciso mesmo muita coragem para abrir caminhos ainda não pensados e nem descobertos. WD falou também das dificuldades que nossa sociedade impõem aos jovens, observando que muitos dos seus amigos não puderam participar do evento por vários motivos como trabalho, família, condição econômica, entre outras situações o que nos chama atenção para todos esses desafios vivenciados no cotidiano.

A Batalha seguiu com a participação de colaboradores dos diferentes projetos e Serviços da instituição, com destaque para as crianças e adolescentes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do CEI, onde pudemos semear nos mais novos a cultura de se expressar.

Leonardo Duart Bastos, Superintendente Geral do CEI, também contribuiu no evento apontando como as juventudes tem sido pouco pensadas na nossa sociedade e como isso é prejudicial e gera grandes problemas sociais.

Ao meio dia almoçamos a comida sugerida pelas juventudes cachorro quente, por demais adequado para quem está “no corre” da vida e aqui o nosso agradecimento especial à cozinha que preparou um cachorro quente muito gostoso para o evento.

Depois de um período livre após o almoço, uma roda de capoeira se iniciou no pátio de forma espontânea e natural conduzida por Oluandeji (Cuidador Social do PSE-AD região Leste e capoeirista), que de uma forma encantadora convidava a todes para participar. Deu tempo também dos jovens passarem no stand da Reprolatina, um grande parceiro no evento, ao qual somos bastante gratos por terem aceitado nosso convite e participado para somar também.

A roda continuou e mais duas oficinas aconteceram no período da tarde, uma no espaço Marco do Valle junto à exposição Terra Rasgada com o mediador Jota Guerreiro Villar e outra na sala Conceição Evaristo com o educador do SESF CEI Jonatas Akin. Ao final das oficinas, chegou então a tão esperada atividade na programação, o podcast “Juventudes”, conduzido e produzido por Hélio Zullu (fundador da produtora cultural periférica Margem Cultural). O podcast foi pensado pelos jovens que frequentam a OSC, trazendo inquietações as seguintes inquietações: A marginalização das juventudes, a falta de espaços de lazer, esporte e cultura na periferias e zonas rurais de Campinas e “vandalismo” ou talvez vandalismos como a discussão do podcast nos fez pensar, temáticas emergidas das conversas com o grupo de jovens do SESF.

Estiveram também expostas durante o evento o mural de expressão, onde o público pode deixar “seu salve” como convidava o espaço coberto por papel kraft na parede da recepção, uma exposição audiovisual que dialogava com o painel “Empretecendo”, pensado pelas jovens do projeto Ressignificar, o qual buscava apontar o processo de branqueamento histórico de pessoas importantes na história, em especial Jesus Cristo.

Durante todo o evento aproximadamente 100 pessoas passaram pelo CEI e o clima de festa esteve presente por durante toda a programação.

Gostaríamos de agradecer todos os parceiros que ajudaram a construir esse dia, entre eles Marcelo que esteve representando a Maloca Arte e Cultura, Felipe da Coordenadoria das Juventudes, Hélio Zullu e o Margem Cultural, Reprolatina, SETA, Batalha da Arena, AEA e ao espaço Marco do Valle, aos artistas e mediadores da exposição Terra Rasgada. 

Foi um dia, no qual os espaços de diálogo com as juventudes promovidos pela instituição encontraram lugar de destaque e centralidade com muita poesia, expressão e voz… no qual uma escuta ativa da nossa sociedade se faz essencial…

“Na poesia eu me fiz, na poesia me formei, Juventudes CEI”

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